sábado, 27 de setembro de 2014

Ludwing van Beethoven

Indiscutivelmente, um verdadeiro e grande gênio



       Ludwing van Beethoven é tão conhecido que quase dispensa apresentação. Muito se ouve falar de seu temperamento ácido e sua personalidade antissocial.Além do fato de sua surdez. Mas a verdade é que ele foi um ser humano de uma sensibilidade extraordinária, não apenas para a música, mas também para as questões sociais de sua época. Sempre defendeu a liberdade de expressão,tanto artística como política e o progresso humano.Além disso, facilmente percebemos em suas obras, o seu imenso amor pela natureza.

       Nascido em Bonn, na Alemanha, em 1770, e falecido em 1827, em Viena. Desde pequeno, já apresentava grande talento para a música. O pai de Beethoven viu no seu menino prodígio uma oportunidade de  aproximar-se da nobreza, como tivera feito o pai de Mozart. Muitas vezes o pai, alcoólatra e obsecado, castigava o menino de grande sensibilidade com trabalhos contínuos e muitas vezes o surrava.
        Aos 12 anos já tinha um cargo de organista. Os sucessivos abusos de seu pai,que já se encontrava totalmente entregue ao alcoolismo, e a morte de sua mãe, fez com que Beethoven tivesse que sair de casa ainda muito cedo. Logo em seguida foi acolhido pela família Von Breuning. O conde Walstein ao ver o jovem tocar brilhantemente, decidiu investir nos estudos do rapaz.

O encontro mítico com Mozart

       Então Beethoven começa seus estudos em Viena, e tem os primeiros contatos com as ideias iluministas e da revolução fracesa. Essas questões ele as levaria consiguo até o fim de sua vida e influenciariam o seu pensamento e tabalho. Foi nesse período, por volta dos 17 anos,que ele encontra aquele que talvez fosse o seu maior ídolo em vida: Mozart. e existem muitos mitos sobre como teria sido o encontro dos dois maiores gênios da história da música depois de Bach.

       abaixo um trecho de um vídeo tiarado do youtube contando um desses mitos:




       Ainda neste período da sua vida teve que lhe dar com a morte da mãe e a responsabilidade de ajudar seus irmãos, os quais lhe trariam ao longo de sua vida muita dor de cabeça. Conhece então Joseph Haydn que o ajuda a se desenvolver como grande pianista improvisador, chamando atenção da aristocracia vienense.

Vida difícil e personalidade forte

       A verdade é que as coisas nunca foram muito fáceis para o nosso gênio. Primeiro foi o pai alcoólatra e violento, depois a morte da mãe muito cedo e a reponsabilidade de olhar pelos irmãos,estes nunca o ajudaram mesmo depois de adultos.E depois de tudo perde aquilo que lhe dava mais prazer: ouvir a sua tão amada música. Porém não há nada que o tenha prejudicado tanto em sua vida quanto a sua capacidade de não se curvar a absolutamente ninguém. Um homem que não se curvava diante de príncipes, imperadores e seja quem fosse. Conta-se que quando na presença de um grande poeta de sua época(Goethe) ,o qual Beethoven muito admirava, aproximou-se o imperador e Goethe rapidamente foi na direção dele tão somente para o reverencia-lo. Beethoven que nem olhara para o imperador, aborreceu-se e disse: "são eles que têm de inclinar-se perante nós"

       Um tempo depois Beethoven faz um certo sucesso na sociedade vienense, compondo suas primeiras grandes obras criativas. Embora muito ainda imcompreendido. Escreve Sonata op. 7, na qual prova de uma vez sua indiscutível capacidade como compositor, Sonata opus 27 (sonata ao luar) conhecida até hoje pelo sua essência romântica e beleza extraordinária, 

Isolamento e afirmação como grande gênio 

       Uma outra coisa que acho importante deixar registrado aqui, é que esse grande gênio da música não era exatamente um ser antissocial. Na verdade, o que realmente o fez se isolar, foi o fato de seu problema auditivo ter aumentado consideravelmente com o passar dos anos. Como demostra o famoso testamento de Heilingenstadt:


       "Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos."

       "Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou!"


6 de outubro de 1802

       Ainda sobre isso, encontramos um trecho de uma carta dirigida a uma amigo em Viena. Em 1° de julho de 1801, Beethoven com apenas 24 anos, disse que, apesar de tudo, conseguiria ganhar a vida como intérprete e compositor, mas não poderia continuar tendo uma vida social intensa, como era seu hábito até então. Tentava esconder sua surdez, o que era, evidentimente, muito difícil para um músico já muito conhecido como ele.
       Começa, então, um período de isolamento e depressão profundo. Período este que ele resolve fazer um balanço do que havia feito até então. E não satisfeito, declara que buscaria empeender-se em um novo caminho.Compôs nessa época, as Sontatas op.26, 27 e28, seis quartetos do op. 18, o oratório Cristo no Monte das Oliveiras, lindíssimas sonatas para violino e piano e a famosa Sonata Aurora e a  Segunda sinfonia, e Tercita sinfonia, a qual foi feita em homenagem às ideologias libertárias de Napoleão Bonaparte. Porém, ao perceber que ,este, se corrompe ao poder e faz-se nomear imperador, beethovem retira a dedicatória feita à Napoleão e em lugar põe: " À memória de um grande homem". Com isso disse, em outras palavras, que Napoleão havia morrido para ele.Percebe-se também, que Beethoven era um homem preocupado e interessado com a política e os rumos da sociedade, assim como com os ideais humanitários.
       Em 1805 Beethoven começa a criar a sua primeira ópera com um tema que o interessava, pois falava sobre o valor da luta contra a tirania e a injustiça. No entando, a sua ópera só ficou pronta 9 anos depois, entitulada Fidélio.
       Por volta dos 30 anos em 1806 começaram a surgir as obras primas: a Sonata "Appassionata", os três Concertos para violino e orquestra e a quarta sinfonia. Em 1808 suegem a Quinta sinfonia e a Sexta sinfonia e os três trios para violino, violoncelo e piano.A Quinta sinfonia é, hoje,  a mais conhecida de Beethoven, juntamente com a Nona. Alguns diziam que seu tema era a prova da loucura de Beethoven. A sexta sinfonia é uma verdadeira obra prima da história da música, e retrata a natureza de forma abstrata, mas muito viva! E umas das mais lindas sinfonias já compostas, e é a prova de que a música erudita, mesmo não usando palavras, pode ser usada para imprimir uma ideia realmente profunda sobre alguma coisa. No caso da Sexta sinfonia, foi usada por Beethoven para expressar o seu imenso amor pela natureza.Esta sinfonia é conhecida pelos músicos como a "Pastoral de Beethoven".
       Em 1813 surgem a Sétima Sinfonia e quase imediatamente a Oitava Sinfonia, e foram sucesso de público e crítica. A Nona Sinfonia, sua maior obra e uma das mais conhecidas, só foi terminada 3 anos antes de sua morte, quando o grande e indomável gênio já estava quase que absolutamente surdo.
       Aqui está um trecho do belíssimo filme " À minha amada imortal" , título esse que faz referência à carta que o compositor supostamente deixou para um grande amor de sua vida, e que retrata o que teria acontecido na estréia da Nona Sinfonia com Beethoven praticamente surdo.

 


       Beethoven é considerado por todos os mais importates historiadores como um dois grandes gênios da história da música. Ele revolucionou a forma como a música era concebida em sua época, e influenciou todos os grandes músicos que o precederam. A sua música está cheia do seu espírito que aspirava à liberdade em todos os sentidos. Também pode ser considerado um exemplo de como o amor de um artista por sua arte, pode superar qualquer dificuldade, por maior que ela seja.

assista também ao vídeo que eu fiz para o blog com um resumo da vida desse grande gênio. Ao fundo, nada mais, nada menos, que a lindíssima "Sonata ao Luar"





"Pessoas visionárias quase sempre são tachadas de "loucos" por aqueles que, ou não entendem, ou não aceitam o novo.
Porém, são essas pessoas que são responsáveis por introduzir o progresso no mundo"

Leandro Freire






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